250 – Porto, Alegre!
Esse é o lema que estampará o selo comemorativo das celebrações de 250 anos da capital de todos os gaúchos, em 2022. A frase, na verdade um convite à festa, estará também em bottons, cartazes, publicações e todos os materiais distribuídos pela prefeitura. Afinal, não se completam dois séculos e meio de existência impunemente, brinca o secretário municipal de Cultura, Gunter Axt, um dos que tem mais eventos para organizar.
E não faltará programação. O ano de 2022 deve ter pelo menos 250 eventos, para combinar com a data festiva. Desses, 170 já estão programados. É tanto projeto que a prefeitura nomeou um secretário extraordinário executivo para coordenar os festejos dos dois séculos e meio, o jornalista Rogério Beidacki. Caberá a ele buscar parcerias que gerem emprego, renda e diversão para a população, anuncia o prefeito Sebastião Melo.
Beidacki é experiente na área. Foi superintendente administrativo financeiro da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) e atuou na comunicação dos hospitais Moinhos de Vento e Santa Casa de Misericórdia. A ideia é lançar o selo no próximo domingo, 26. Ele ressalta que algumas iniciativas já estão aprovadas, como um mutirão do Serviço Social do Comércio (Sesc) para propiciar cultura, arte e serviços nas vilas. E também, durante um congresso internacional de otorrinolaringologia, um seminário de capacitação de professores municipais para identificarem problemas de audição e fala nos alunos.
— Afora isso, claro, teremos toda a parte de festas. É uma retomada cultural — resume Beidacki.
O secretário municipal de Cultura, historiador Gunter Axt, assinala que a programação começa ainda em 2021, com “um Reveillón de entrar para a história”. Estão previstos também ciclos de cinema no Cine Capitólio, exposições na Pinacoteca, um Baile da Cidade inesquecível, o Festival de Inverno, peças de teatro e exposições de acervos tendo a temática, óbvio, da história de Porto Alegre como pano de fundo.
Mas o grande projeto de Gunter é lançar uma Lei Municipal de Incentivo à Cultura, que coincida com os 250 anos.
— Rio de Janeiro investe R$ 60 milhões nisso, São Paulo investe R$ 30 milhões, Caxias do Sul, R$ 8 milhões. Cidades de porte médio, como Venâncio Aires, têm Lei de Incentivo municipal. Mas Porto Alegre, não. É mais do que hora de aprovar — justifica Axt.
O secretário salienta que a vantagem desse tipo de legislação é que desafoga os sempre combalidos cofres das prefeituras. Os incentivos são bancados pela iniciativa privada, que depois abate os custos com redução de impostos.
Axt acha que, com iniciativas como essa, a capital terá mais razões para valorizar o lema do selo: Porto, Alegre! (se).