As equipes finalistas do Desafio Criativo Centro+ começaram na noite desta sexta-feira (24) uma maratona de 48 horas no Farol Santander para terminar seus projetos. O hackathon organizado pelo Pacto Alegre e pela prefeitura da Capital, entre outras entidades, busca soluções inovadoras para o Centro Histórico.
Os concorrentes estão elaborando propostas em cinco temáticas: Mobilidade Urbana, Mobiliário Urbano, Vivências do Centro, Ativação Econômica e Iconicidade. A maratona ocorre até as 18h de domingo (26), quando serão conhecidos os vencedores.
Assim que terminarem os projetos, as equipes os entregarão à banca julgadora. O prêmio será a viagem para uma feira de inovação em Barcelona, na Espanha, além de R$ 25 mil divididos entre os três grupos que apresentarem as melhores ideias.
A equipe da produtora audiovisual e cultural Martina Mombelli, 25 anos, acabou abordando um pouco de cada temática em sua proposta. O objetivo deles é gerar um sentimento de pertencimento dos moradores ao passo em que conhecem a história da cidade.
O projeto inclui três rotas temáticas no Centro, que podem ser percorridas com guias turísticos ou individualmente, por meio de totens com QR Code. Isso tudo dentro da linha imaginária que demarca as antigas muralhas da Capital, construídas no século 18 e mantidas por cerca de cem anos.
Martina nunca tinha participado de um hackathon antes, e acredita que, independentemente do resultado, já valeu a pena se inscrever:
— Tem sido muito legal, muito empolgante. Estava com medo de fazer equipe com quem nunca vi, ainda mais de áreas tão diferentes, mas fechou muito bem, a gente se entendeu.
Coordenador do Pacto Alegre e secretário de Inovação de Porto Alegre, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho destaca que, na maratona de 48 horas, as equipes terão a possibilidade de aprimorar seus projetos com a ajuda de mentores técnicos de diversas áreas:
— Surgiram coisas muito bacanas nesse projeto, especialmente no sentido de fazer as pessoas se reapaixonarem pelo Centro. Agora eles vão ter o desafio de tornar ainda mais maduras as ideias para que até domingo estejam muito próximas de projetos definitivos.
Na abertura da maratona, antes da apresentação dos projetos pelas equipes, o prefeito Sebastião Melo recepcionou os selecionados e destacou:
— A sociedade civil e o governo têm que trabalhar juntos pra melhorar a vida das pessoas.
O desafio é voltado a profissionais das mais variadas áreas, como arquitetura e urbanismo, design, engenharia civil, engenharia de produção, artes plásticas, gastronomia, produção cultural, economia e turismo. Cerca de 150 pessoas se inscreveram e foram divididas em 25 grupos.
Eles foram organizados com base nas habilidades de cada participante — no ato da inscrição, os concorrentes optaram por uma skill (habilidade), como negócios, cultura, inovação, tecnologia, pessoas e criativo. A intenção foi dar às equipes mais pluralidade, a partir da escolha de integrantes com diferentes trajetórias, e, dessa forma, estimular a criatividade.
Para chegar à final, os projetos passaram pela aprovação de uma pré-banca composta por técnicos de diversas áreas e pessoas cujas atividades profissionais e acadêmicas estão diretamente relacionadas ao cotidiano da Capital. Seis equipes foram selecionadas.
O hackathon é uma parceria entre prefeitura de Porto Alegre, Pacto Alegre, BS Project, Conectar.Hub e Sindilojas POA, e apoiado por Clash Design; CEIA; Farol Santander; AGS – Agência Gaúcha de Startups; Arte Lab, ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade; IMED; Melnick; POA Inquieta; Space Hunters; Sinepe/RS; Sindihospa, UniRitter, Aliança para Inovação; Instituto Cultural Floresta e RGE