Um dia após lançar o programa Centro+, que agrupa medidas para revitalizar a área central de Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo afirmou nesta terça-feira (10), em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, que os moradores da Capital começarão a perceber mudanças na região em até seis meses.
— A gente pode pedir um prazo de mais uns seis meses para começar a ter melhorias, que as pessoas vão perceber — afirmou, dizendo ainda que a revitalização não será a "ideal", mas a "possível" em três anos e meio de governo.
Segundo Melo, a ideia é fazer um programa com ações que possam ter continuidade nas próximas gestões, com soluções a curto, médio e longo prazo para o Centro Histórico. Um dos principais focos será aumentar o índice de ocupação dos imóveis da região, inclusive com mudanças no Plano Diretor da área.
— Só tem vida onde tem gente, então precisamos de atividades culturais e residenciais — disse.
Melo informou ainda que pretende reabrir algumas vias do bairro para tráfego de veículos. De acordo com o prefeito, o tema é alvo de um estudo que está sendo realizado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Presença de camelôs nas ruas
Questionado sobre a presença de camelôs no centro da Capital, problema que aumentou nos últimos meses, Melo afirmou que pretende criar "janelas de oportunidades" para os ambulantes. Entre as medidas estudadas, segundo o prefeito, está o lançamento de linhas de crédito e busca por vagas no mercado formal.
— Eu não parto do pressuposto de que essas pessoas irão continuar sendo camelôs. Essas pessoas têm que ter oportunidade para gerar renda em outras atividades, que não como camelôs — concluiu.
Revitalização do viaduto da Borges
Ao Atualidade, Melo prometeu que a revitalização do Viaduto Otávio Rocha, na Borges de Medeiros, será feita até o fim do mandato dele. De acordo com o prefeito, o Executivo trabalha na arrecadação do valor necessário para as obras.
— O viaduto será revitalizado na minha gestão (...) O que posso dizer é que há uma luz no fim do túnel — disse.