Foi lançado nesta segunda-feira (9) o Desafio Criativo Centro+, durante a apresentação do programa para revitalização do Centro Histórico, em Porto Alegre. Unindo o poder público, a academia e a iniciativa privada, a iniciativa quer selecionar propostas que alavanquem o desenvolvimento e resgatem o protagonismo da região.
O desafio é voltado a profissionais das mais variadas áreas, entre elas arquitetura e urbanismo, design, engenharia civil, engenharia de produção, artes plásticas, gastronomia, produção cultural, economia e turismo. O período de inscrições vai desta segunda a 27 de agosto, por meio deste link.
Serão aceitas propostas em cinco eixos temáticos: mobilidade urbana, vivências do Centro, ativação econômica, mobiliário urbano e iconicidade. A participação é voluntária e gratuita.
No julgamento das propostas, serão considerados pontos como criatividade, aplicabilidade do sistema para solucionar os problemas atinentes ao tema, modelo de negócio da solução, qualidade e avanço no desenvolvimento do protótipo conceitual e viabilidade de execução real da solução desenvolvida. Ainda não foram divulgados detalhes da premiação. A assessoria de imprensa da prefeitura divulgou que "os melhores projetos recebem prêmios ou benefícios, que muitas vezes podem envolver financiamento para aplicação real da proposta desenvolvida".
A iniciativa é uma parceria da prefeitura com Pacto Alegre, BS Project, Co.nectar Hub e Sindilojas POA.
Saiba mais sobre cada eixo
Mobilidade Urbana
É necessário debater propostas sobre temas como acessibilidade, tempo de deslocamento, redução da poluição, modais alternativos de transporte e micromobilidade – que leva em consideração veículos de pequeno porte e de menor impacto ambiental em trajetos menos extensos –, assuntos que figuram entre as principais demandas de cidades como Porto Alegre.
Da mesma forma, é preciso levar em consideração o contexto do qual faz parte o Centro Histórico. A região, referência em serviços e mobilidade para toda a região metropolitana e o maior polo comercial e bancário do Rio Grande do Sul, possui uma realidade que muda completamente em questão de quadras – apenas 600 metros separam uma via de trânsito rápido, como a Avenida Mauá, do calçadão da Rua dos Andradas.
Vivências do Centro
Cabe a quem desenvolver projetos nessa temática promover ideias que fomentem a ocupação dos espaços urbanos, resinificando os equipamentos públicos existentes, reconfigurando experiências ligadas à região. Projetos que despertem o interesse da população porto-alegrense e de todo o Estado, e tornem o Centro Histórico novamente uma opção para atividades relacionadas a setores como a economia criativa, o turismo, a cultura e a gastronomia.
Essa temática tem como objetivo resgatar a autoestima do bairro e despertar o interesse de conhecer tudo que o coração da Capital tem a oferecer.
Ativação Econômica
Esses projetos deverão ter o intuito de agregar valor ao que já compõem o cenário da região e prospectar nichos de mercados inexplorados, estabelecendo negócios baseados na inovação e na atração de novos públicos.
Mobiliário Urbano
O conceito de mobiliário urbano está relacionado a objetos e elementos que complementam a infraestrutura de um território, como pontos de ônibus, bancas de jornal, bancos de praça, lixeiras, quiosques, floreiras, postes e placas de sinalização.
Os projetos apresentados nessa temática deverão levar em consideração, entre outros fatores, a funcionalidade, a durabilidade, a racionalidade e o design.
Iconicidade
Cidades como Nova York, Paris e Rio de Janeiro fazem parte do imaginário coletivo muito em função das obras icônicas que as representam. Visualizar a Estátua da Liberdade, a Torre Eiffel e o Cristo Redentor são o bastante para que uma pessoa relacione esses monumentos às cidades em que estão localizados.
O Centro Histórico de Porto Alegre é repleto de obras icônicas e simbologias. O Mercado Público, o viaduto Otávio Rocha, a Casa de Cultura Mário Quintana e a Usina do Gasômetro são alguns dos pontos que melhor representam a Capital.
Os projetos apresentados nessa temática devem propor ações que deem uma nova dinâmica ao patrimônio histórico, arquitetônico e cultural, apontando soluções que ressignifiquem essas estruturas ao mesmo tempo em que construam um caráter de unicidade em toda a região. Trabalhar a iconicidade é, também, pensar de forma sistêmica, dialogando com as características do bairro e promovendo a integração entre seus pontos de referência.