O grande volume de chuva da madrugada e manhã desta quarta-feira (25) elevou novamente o nível das águas do Arroio Sarandi, que transbordou pouco antes das 8h. As avenidas Zeferino Dias e Sarandi ficaram intransitáveis próximo à Avenida Assis Brasil. Por volta das 10 horas, a água já havia baixado, liberando o tráfego na região. Última vez em que aconteceu alagamento nesta região da Zona Norte, foi em maio. No ano passado, um carro chegou a ser arrastado durante uma cheia.
Uma caminhonete tentou cruzar o alagamento, mas não venceu o caminho. O condutor teve de descer e empurrar o veículo, que teve pane mecânica. Outros veículos retornaram na contramão até a Rua Ararás, desviando da Avenida Sarandi.
Vias do entorno também tiveram acúmulo de água e muito lixo boiando. Em frente ao portão de uma empresa, uma tábua de madeira foi instalada para evitar a invasão da enxurrada. Em uma residência vizinha, uma barreira também foi colocada para evitar a tomada pelo arroio.
— Daqui a pouco sobe mais e chega aqui — gritou um trabalhador, a distância.
Desempregado, Luciano da Costa Ribeiro, 37 anos, precisou atravessar a Avenida Sarandi pelo canteiro, caminhando a poucos centímetros da borda do arroio.
— horrível. Caótico. E as vezes é pior que hoje — afirmou.
Na Avenida Sertório, também há acúmulo de água, principalmente na faixa mais à direita e nos cruzamentos.
O que diz o Dmae
Em nota, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) informou à reportagem de GZH que retirou entulhos do arroio, em um serviço realizado no mês passado. Afirmou também que as estações de bombeamento estão operando a pleno, mas a geografia da região contribui para os alagamentos.
Confira a nota da prefeitura:
"Foi feita uma limpeza de retirada de lixo há cerca de um mês, para auxiliar no escoamento da água da chuva no arroio Passo das Pedras, conhecido como Sarandi. Além disso, desde ontem todas as Estações de Bombeamento de Águas Pluviais estão em pleno funcionamento. A região é baixa, fica localizada quase no mesmo nível dos rios, e por isso recebe uma contribuição de águas pluviais muito grande, sofrendo historicamente com alagamentos. O local demanda obras com grandes investimentos. O Dmae está buscando recursos e deve dar início até o próximo semestre a algumas ações, como dragagem e recuperação de redes de drenagem."