Quatro peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) estiveram nesta quarta-feira (21) no local que desabou durante uma festa no último domingo (18), na Ilha da Flores, em Porto Alegre. Na ocasião, morreu Ana Elisa Andrade Genaro, 26 anos, e sete pessoas ficaram feridas. Usando um barco, eles avaliaram a estrutura da parte inferior do deque, em busca de vestígios que apontem o estado de conservação da estrutura. O trabalho durou cerca de cinco horas.
A primeira constatação da perícia, feita na segunda-feira (19), é de que o excesso de peso colaborou para o rompimento do deque. Também foi constatado que pontos no entorno da estrutura rompida indicavam falhas de conservação. Conforme o IGP, no entanto, somente com a finalização do trabalho vai ser possível apontar as causas da queda do deque.
O próximo passo será a análise do material utilizado e a redação do laudo pericial, que irá compor o inquérito policial em andamento na 4ª DP da Capital.
O IGP já fez o levantamento fotográfico das peças que foram rompidas, além da medição dos elementos da estrutura – a parte colapsada tem aproximadamente 50 metros quadrados. A equipe ainda aguarda o envio do projeto estrutural, com informações sobre a capacidade de peso suportada, para confrontar com uma estimativa de peso das pessoas que se encontravam no local no momento do desabamento.
Segundo a prefeitura de Porto Alegre, nem o restaurante, nem o evento que ocorria no local e nem a marina poderiam estar em funcionamento, já que não possuíam alvará e nem licenças ambientais para operar dentro da área do Parque Estadual do Delta do Jacuí.