Mais de 36 horas após o início do incêndio que consumiu o prédio da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, os bombeiros seguem com as buscas aos dois colegas desaparecidos enquanto trabalhavam na ocorrência. As equipes também controlam ainda pequenos focos de fogo no edifício.
Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (16), o tenente-coronel Eduardo Estevam Rodrigues, comandante do 1º Batalhão de Bombeiros Militar e responsável pelas buscas, fez questão de mencionar que a busca ao tenente Deroci de Almeida da Costa e ao sargento Lucio Munhos é prioridade total.
— O Corpo de Bombeiros não deixa ninguém para trás, quer seja bombeiro ou cidadão que necessite do nosso socorro — disse.
O comandante também ressaltou que as atividades não serão encerradas até que os desaparecidos sejam encontrados. Rodrigues afirmou que 27 bombeiros trabalharam durante toda madrugada, e que a equipe foi trocada às 8h desta sexta — sendo reforçada, totalizando 42 pessoas.
Enquanto um grupo realiza buscas, observando qualquer tipo de sinais sonoros e utilizando cães farejadores, outra faz o resfriamento do prédio com água pela parte externa. Há também bombeiros, paralelamente às buscas, apagando pequenos focos de incêndio, o que dificulta o trabalho de resgate dos desaparecidos.
O tenente-coronel destaca que ainda há vários pedaços de lajes com risco de desabamento e que, por isso, a atenção é redobrada e o acesso à parte interna, demorado. Mesmo depois de 36 horas após o início do fogo, ainda havia muita fumaça no local.
À tarde, os bombeiros receberão apoio de equipes da Força de Resposta Rápida de Canoas e São Leopoldo. Outros grupos se juntarão à tarefa, de forma escalonada e de revezamento, ao longo dos dias. O efetivo terá 60 agentes por turno. O Exército também está no local. O vice-governador e titular da SSP, Ranolfo Vieira Júnior, acompanhou os trabalhos no prédio durante a manhã.