Em 2011, uma comitiva liderada pelo governador Tarso Genro, com reitores e representantes de entidades gaúchas, conheceu o Cheonggyecheon, no Centro de Seul. Na capital sul-coreana, os 5,8 quilômetros de extensão do arroio tem arquibancadas, pequenas cachoeiras, bares, tecnologia de iluminação e sonorização, tendo virado atração turística e palco disputado para piqueniques dos moradores.
Após visitar o Cheonggyecheon há cinco anos, a jornalista Lara Ely atestou que é inevitável a comparação com o Arroio Dilúvio, por serem nitidamente parecidos e também pela história de problemas com o lixo, moradias irregulares, trânsito caótico, etc. A solução encontrada pelos coreanos foi desviar o arroio original, cheio de esgoto e quase morto, para as laterais, pelo subsolo, enquanto a água limpa vista na superfície é trazida de outro curso d'água.
Mas há outros exemplos ao redor do mundo. GZH separou cinco, incluindo o sul-coreano.
Utrecht, na Holanda
No ano passado, a cidade de Utrecht devolveu aos moradores um trecho de canais que havia concretado e transformado em uma rodovia há mais de 40 anos. A reabertura do Catharijnesingel atraiu barcos de recreio e até mesmo alguns nadadores para a água.
Cheonggyecheon, na Coreia do Sul
Um viaduto que cobria o rio de Seul foi derrubado, e o local começou a ser revitalizado em 2002. Levou quatro anos para se tornar um ponto turístico. Além de desviar a água poluída, houve a ampliação de áreas verdes no entorno e um projeto de urbanismo ao redor do leito.
San Antonio, nos Estados Unidos
O parque San Antonio River Walk, no Texas, foi construído um nível abaixo da pista de veículos, serpenteando em paralelo ao nível do rio, com lojas e restaurantes. O projeto de embelezamento do rio data de 1938. Cerca de 14 milhões de pessoas visitam anualmente.
Rio Tejo, em Portugal
Finalizada em 2012, a revitalização do Rio Tejo, que corta a capital Lisboa, custou cerca de 800 milhões de euros. Para a limpeza do rio, foram criadas novas estruturas para o saneamento de esgoto doméstico e para o abastecimento de águas.
Canais de Copenhague, na Dinamarca
O plano de despoluição foi criado em 1991, porque a água da chuva que ia para os rios se misturava com esgoto e lixo. As galerias pluviais e reservatórios de água foram reconstruídos, e o lixo, reciclado. Passou a ser possível até nadar em piscinas artificiais.
Regressiva POA 250 anos
O Grupo RBS preparou uma série de matérias para fazer a contagem regressiva para os 250 anos de Porto Alegre, que serão completados dia 26 de março de 2022. Mensalmente, até o aniversário de quarto de milênio da Capital, publicaremos em Zero Hora e GZH conteúdos que abordarão aspectos fundamentais na tentativa de entender a formação de uma identidade porto-alegrense. As reportagens vão tratar a Porto Alegre das ruas, das pessoas, do futuro, da cultura, do empreendedorismo e das paixões. Esses conteúdos vão lançar um olhar para trás, como forma de compreender o que nos trouxe até aqui, retratar o presente e projetar o amanhã da Capital, sempre com foco voltado a aproximar nosso público da cidade que escolheu viver.
O que é jornalismo de soluções, presente nesta reportagem?
É uma prática jornalística que abre espaço para o debate de saídas para problemas relevantes, com diferentes visões e aprofundamento dos temas. A ideia é, mais do que apresentar o assunto, focar na resolução das questões, visando ao desenvolvimento da sociedade.