O primeiro comitê criado pelo prefeito eleio de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), para tratar sobre covid-19 deverá ser formado por pessoas indicadas pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), pelo Conselho Regional de Medicina (Cremers) e pela Associação Médica do Estado. Os demais integrantes serão economistas da Fiergs, Fecomércio e Federasul, três das principais entidades empresariais gaúchas.
O grupo, formado para o período de transição, pode sofrer alterações depois que Melo assumir o governo. O prefeito eleito convidará os representantes dessas entidades ainda nesta quarta-feira (2).
— É o comitê da transição. Depois, vai ser firmado ou não. Mas preciso me apropriar. São 95 decretos (feitos pela atual gestão sobre covid-19). O certo é que vamos equilibrar economia com saúde — disse Melo, na sede do diretório estadual do MDB, após o encontro com políticos aliados.
Segundo o eleito, a ideia segue a mesma da campanha, de não "fechar a cidade". Contudo, de acordo com ele, se os médicos e os economistas decidirem que é necessário, haverá novas medidas restritivas.
— Eu não vou fechar a cidade. Agora, se os economistas da Fiergs, se os médicos disserem: "Olha, o senhor precisa restringir isso", sim. Mas eu não vou propor. A sociedade tem responsabilidade. Comigo é diálogo — destacou.
Questionado sobre como ocorrerá a escolha do futuro secretário da Saúde de Porto Alegre, Melo prometeu um nome respeitado na área:
— O melhor quadro que estiver disponível no Rio Grande do Sul ou no Brasil será o secretário.
O vice-prefeito eleito, Ricardo Gomes, que também falou com os aliados e destacou a necessidade de a chapa eleita cumprir a promessa de campanha.
— Uma das urgências é constituir um grupo médico com setores econômicos para cumprir a promessa de campanha — reforçou.