O Ministério Público do Trabalho foi acionado para intermediar a negociação entre rodoviários de Canoas, na Região Metropolitana, e administradores da empresa Sogal. Os funcionários paralisaram parcialmente as atividades — viagens estão sendo realizadas a cada duas horas — devido a atrasos de pagamentos do vale-alimentação, horas extras e 13º salário.
De acordo com o diretor da Sogal, Marlon Casagrante, a empresa buscou o Ministério Público do Trabalho para intermediar a relação com os funcionários. Ele frisou ainda que a pandemia provocou prejuízos ao transporte público da cidade.
— Em Canoas, o prejuízo do sistema de transporte coletivo acumula perdas durante esta pandemia na casa dos R$ 15 milhões, resultado da perda de passageiros que o sistema enfrenta pelos aplicativos de transporte e também pelas restrições impostas do distanciamento social — disse.
GZH procurou o MPT, que deve marcar uma reunião com os funcionários e a empresa. A prefeitura de Canoas não se manifestou ainda sobre o fato.
Por conta do impasse, moradores de Canoas enfrentaram dificuldades para conseguir um ônibus. Os veículos estão estacionados na garagem da empresa ou no fim da linha, no centro do município. Os funcionários decidiram entrar em greve no último sábado (19), e as paralisações iniciaram nesta segunda. Algumas pessoas aguardaram mais de uma hora para pegar um ônibus.