O mau tempo que atinge Porto Alegre desde a noite de sábado (29) adiou, por mais uma semana, o retorno do Brique da Redenção, suspenso desde 15 de março. Donos de bancas que voltariam a trabalhar neste domingo (30) desistiram de expor os produtos.
Fiscais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) estiveram no local por volta das 10h deste domingo e identificaram que as ruas onde o brique poderia funcionar estavam vazias. Segundo a Diretoria de Fiscalização, o retorno ficou acertado para a próxima semana.
A prefeitura havia autorizado o funcionamento na última quinta-feira (27), desde que fossem obedecidas regras de funcionamento e de higiene. Mesmo assim, para este fim de semana, a previsão era de movimento baixo: 25 bancas de antiquário e quatro de artistas plásticos.
Jeferson Martins, um dos coordenadores do setor de antiguidades, relata que o tempo entre levar os produtos e fazer a montagem da banca é grande. Assim, mesmo com a melhora do tempo ao longo do dia, os expositores não irão até o local:
— Com esse tempo, infelizmente o pessoal não vai. É bem frustrante, está todo mundo bem triste. São quase seis meses em que boa parte do comércio abriu, mas o brique, não. Era uma expectativa muito grande, mas hoje realmente não compensa. O movimento já está menor por causa da pandemia, e com o mau tempo fica mais baixo ainda – relata Martins, que é dono de uma banca.
Agora, o setor deve se organizar para retornar às atividades na próxima semana. São 66 expositores da área, mas nem todos devem retornar — no total, são 58 vagas para os antiquários. Como há pessoas incluídas no grupo de risco para o coronavírus, o número deve se manter reduzido.
Entre os artistas plásticos, os quatro que haviam confirmado presença também não devem retornar neste domingo. Membro da comissão de arte na praça do Brique da Redenção, Liverson Borghesi acredita que a volta ao local será mais tímida, mesmo ao longo das próximas semanas.
— A exposição é de quadros e esculturas, então, com a chuva, não tem como, porque os produtos estragam. Na semana que vem, deveremos ter no máximo 18 dos 32 expositores. Queremos aguardar um pouco mais, estamos com receio da volta. Temos vários expositores idosos, e os clientes também são mais velhos. Esse é o nosso medo.