Maria Sirlei dos Santos se constrange com a poeira acumulada nas cadeiras de plástico. A viúva de 65 anos passa a mão sobre a sujeira e repete o pedido de desculpas pela desordem em frente ao picadeiro. O circo, inaugurado pela família de gaúchos em 1997, não tem qualquer plateia há quatro semanas. A última apresentação, em 16 de março, foi sucedida por um decreto que calou as gargalhadas no bairro Ipanema, zona sul de Porto Alegre — a prefeitura foi forçada à edição da medida para conter o avanço do coronavírus no município.
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