Mesmo com a legislação proibindo a atuação de flanelinhas em Porto Alegre, o que já resultou em 25 multas desde a última quinta-feira (16), ainda há quem insista em cobrar de motoristas que precisam estacionar em ruas da área central da cidade. Na manhã desta segunda-feira (20), em apenas duas horas, GaúchaZH encontrou 13 guardadores atuando nos bairros Azenha, Menino Deus, Centro Histórico, Independência e Santana.
Na Azenha, até as 12h, havia dois homens atuando nas imediações das Ruas Visconde do Herval e 20 de Setembro. Um deles, Paulo Everaldo da Silva Rodrigues, 46 anos, disse que guarda carros há 30 anos. Ele destacou que soube das multas, que não tem dinheiro para pagar, caso seja autuado, e que não sabe o que vai fazer da vida.
– Vou seguir atuando e me cuidando. Eu não peço nada, só aceito doações aqui há anos pra cuidar e lavar os carros. Se não der, vou ter que pedir ajuda e me virar, achar algo - afirmou Rodrigues.
No bairro Menino Deus, havia dois flanelinhas na Rua Múcio Teixeira, outros dois na Rua Antônio Lemos e mais dois nas imediações do viaduto da Avenida José de Alencar com a Avenida Borges de Medeiros.
Um guardador foi flagrado atuando livremente nas imediações entre o Colégio Rosário, no bairro Independência, e a Praça Dom Sebastião, no Centro.
Na Rua Gonçalo de Carvalho, também no Independência, dois guardadores estavam no local. Um deles ainda fez sinal para o carro da equipe, indicando que todas as vagas estavam ocupadas.
Já na Rua Leopoldo Bier, no bairro Santana, havia um guardador atuando. Outro homem, após ser abordado por GaúchaZH, negou que estava cuidando de veículos.
Não havia flanelinhas na Rua Lima e Silva, bairro Cidade Baixa, onde geralmente atuam vários guardadores. E também não havia ninguém agindo no entorno da Praça da Matriz, no Centro. O entorno do Parque da Redenção e da orla do Guaíba foram outros locais em que, na manhã desta segunda-feira, não estavam ocorrendo a cobrança para estacionar carros. No fim de semana, flanelinhas foram multados nessas regiões.
A Legislação prevê multas de R$ 300 para quem for flagrado cobrando dinheiro de motoristas e, em caso de reincidência, R$ 600. Os valores arrecadados com as multas serão destinados ao Fundo Municipal de Segurança Pública (Fumseg). Quem não pagar terá o nome inscrito na divida ativa do município. A prefeitura orienta a população a ligar para o telefone 156 para ajudar na fiscalização.