A Justiça aceitou os argumentos da Polícia Civil e renovou por mais cinco dias a prisão temporária do vereador de Porto Alegre André Carús (MDB), suspeito de extorquir assessores. Com isso, Carús pode ficar preso temporariamente, à disposição da Polícia Civil, até a próxima quinta-feira (10). As informações foram confirmada neste sábado (5) pelo delegado Sander Cajal, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
A prorrogação da prisão temporária foi concedida nessa sexta-feira (4). O delegado Max Otto Ritter, titular da 1ª Delegacia de Polícia do Departamento de Combate à Corrupção (DCCOR), destaca que pediu a renovação da prisão porque novas informações foram obtidas nos últimos dias nos documentos apreendidos.
Também nessa sexta-feira (4), o vereador foi transferido, durante a tarde, da sede do Departamento de Investigações Criminais (Deic) para o Presídio Central. O vereador estava preso desde a última terça-feira (1º) na sede do Deic, segundo a Polícia Civil, aguardando a abertura de vagas no sistema prisional. Enquanto esteve no Deic, o vereador permaneceu em cela individual, sem contato com outros presos.
Além de Carús, dois servidores municipais ligados ao vereador também estavam detidos desde terça-feira (1º), por suspeita de envolvimento no mesmo caso. Nessa sexta-feira (4), os dois foram soltos.
A Operação Argentários, que levou Carús à prisão, foi deflagrada na terça-feira (1º) de manhã. O vereador é suspeito de obrigar servidores a tirarem empréstimos consignados para entregarem o dinheiro a ele. Ele é investigado por falsidade e concussão — que é exigir para si ou para um terceiro vantagens utilizando a função que ocupa.