Em um prazo de até seis meses, Porto Alegre deverá monitorar todas as 20 entradas e saídas da cidade com câmeras com a intenção de reforçar a segurança pública.
O prefeito Nelson Marchezan formalizou, na manhã desta quinta-feira (15), a compra de 93 kits capazes de identificar placas, o que aumentará ainda em 70% o monitoramento de vias internas. Cada kit é composto por duas câmeras, com a intenção de vigiar os dois sentidos de cada acesso, totalizando 186 aparelhos deste tipo.
O contrato também prevê a instalação de outros 75 equipamentos com capacidade de reconhecimento facial. Essas câmeras, de alta definição, são diferentes dos aparelhos que monitoram placas.
Esses novos modelos analisam os rostos das pessoas que passam pelos pontos de vigilância, recortam digitalmente a imagem da face e enviam para análise por meio de um software. Assim, o mecanismo pode identificar foragidos e disparar um sistema de alerta para os órgãos de segurança.
O sistema vai comparar o rosto de quem passar por esses equipamentos com bancos de dados de pessoas com ordem de prisão expedida pela Justiça. Segundo o prefeito, a intenção é tornar Porto Alegre um ambiente menos favorável à pratica de crimes.
— O obetivo é fazer com que criminosos mudem de atividade ou de cidade ao dificultar a circulação deles pela Capital — declarou o prefeito, ao lado do titular da pasta da Segurança municipal, Rafael Oliveira, de outros secretários e de técnicos do município.
As 186 câmeras destinadas a fiscalizar placas e as 75 de reconhecimento facial somam um acréscimo de 261 aparelhos ao aparato de cercamento eletrônico da Capital em um investimento de R$ 7,8 milhões. Dos equipamentos de controle de placas, 114 ficarão focados em vias internas (somando-se aos 162 já existentes), e 72 serão montados em saídas e entradas da cidade. A instalação deverá começar em dois meses.
— Já tínhamos alguns pardais capazes de monitorar alguns pontos de acesso da cidade, mas havia margem para alguém desviar deles. A partir de agora, não haverá como entrar ou sair da cidade sem passar por uma das nossas câmeras — explica o gerente de projetos da Secretaria Municipal da Segurança, Gabriel Meneghetti.
Já os dispositivos para identificação facial serão espalhados por diferentes pontos da Capital. Também serão capazes de monitorar ambientes e analisar comportamentos suspeitos. A empresa que fornecerá os equipamentos também deverá oferecer manutenção por um prazo de dois anos.
O cercamento eletrônico teve início em 2017. Nos primeiros sete meses deste ano, a combinação deste projeto com outras ações, como integração entre forças de segurança do município e do Estado, reduziram o roubo e o furto de veículos em 41,6%.