O Ministério Público (MP), com o apoio da Brigada Militar, cumpre 12 mandados de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (1º), em investigação envolvendo o Serviço Municipal de Água e Esgotos de São Leopoldo (Semae). A operação é realizada na cidade do Vale do Sinos e em Porto Alegre e Florianópolis.
Conforme as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), três funcionários do Semae receberam propina para favorecer a contratação e o pagamento de empresas para realização de serviços gerais, de limpeza, zeladoria e segurança, entre o final de 2014 e o início de 2016.Um dos servidores teria recebido mais de R$ 500 mil.
Segundo o promotor João Afonso Silva Beltrame, a renda dos investigados não é compatível com suas movimentações financeiras. Os suspeitos ainda não tiveram os nomes divulgados.
Nove pessoas e três empresas são investigadas pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e favorecimento da ordem cronológica de pagamentos pelo Semae.
Nota de esclarecimento da Semae:
Em razão da Operação Purgato, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Núcleo Saúde – e da Promotoria de Justiça Especializada de São Leopoldo, com apoio da Brigada Militar e do Gaeco do Ministério Público de Santa Catarina, o Semae esclarece que:
- O alvo das investigações compreende o período de final de 2014 a início de 2016;
- Desde o início desta gestão, em 2017, a autarquia tem reforçado os mecanismos de controle externo – o que inclui completa prestação de contas no Portal da Transparência do Município;
- O Portal da Transparência de São Leopoldo, inclusive, atende integralmente todos os critérios estabelecidos pelo Tribunal de Contas e pelo Ministérios Público;
- A autarquia permanece à disposição para esclarecimento dos fatos pertinentes à investigação.