Está prevista para o começo do ano que vem a assinatura do contrato de concessão do trecho 2 da orla do Guaíba, em Porto Alegre, que deverá contar com uma roda-gigante de no mínimo 80 metros de altura. O anúncio foi feito em evento no Paço Municipal na manhã desta segunda-feira (12), quando foi lançada a consulta pública que, pelos próximos 30 dias, permitirá aos porto-alegrenses opinarem sobre a concessão no site da prefeitura.
— Todo o trabalho de contratualização com o setor privado passa por um levantamento interno e por período de consulta ao mercado para avaliar a sustentabilidade do negócio. O que estamos apresentando como consulta serve para agregar, mas já temos o conceito, isso é viável — disse o prefeito Nelson Marchezan.
O lançamento do edital deve ocorrer em outubro. A proposta da prefeitura prevê a concessão da área por um período de 35 anos. Até o fim do período, estima-se que o parque gere um impacto de até R$ 600 milhões na receita do município. Além de instalar a roda-gigante, a empresa que assumir o trecho 2 será responsável pela revitalização e manutenção do espaço.
— Pelo menos três interessados já nos procuraram, alguns deles especializados em entretenimento, outros com experiência na própria gestão de parques. Então temos segurança de que é um projeto que vai ter interesse da iniciativa privada — disse o secretário de Parcerias Estratégicas, Thiago Barros Ribeiro.
Segundo o poder público, o custo de instalação do parque, que poderá contar com um teatro de arena, cachorródromo, área de eventos e estacionamento, será em torno de R$ 26 milhões. Já o valor estimado para uma roda-gigante de 80 metros ficaria em torno de R$ 44 milhões. O custo do ingresso, nesse caso, ficaria em uma faixa de valor entre R$ 25 e R$ 45, mas pode variar caso seja instalado um equipamento maior — o acesso ao parque será obrigatoriamente gratuito.
A previsão de conclusão das obras no parque é de 12 meses a partir da assinatura do contrato. A roda gigante pode levar o dobro do tempo: até 24 meses. A prefeitura exige, ainda, que o equipamento seja composto por cabines panorâmicas com capacidade mínima para seis pessoas em cada uma.