Trinta e oito taxistas de Porto Alegre não entregaram o exame toxicológico à Empresa Publica de Transporte e Circulação (EPTC). Dos 6.416 condutores ativos, 6.378 apresentaram o laudo, que é obrigatório desde junho do ano passado, quando passou a valer a mudança na legislação proposta pelo Executivo e aprovada pela Câmara Municipal.
A data limite para entrega do exame encerrou em 21 de dezembro. Desde então, o taxista que for flagrado pela EPTC sem o laudo tem o carro recolhido — um processo administrativo é aberto para apurar a conduta do permissionário. Os 38 condutores que não apresentaram o laudo não foram descadastrados — isso ocorrerá no momento em que tentarem renovar o carteirão sem o exame ou forem flagrados em blitz.
O motorista sem o exame que for abordado pode realizá-lo, requisitar o carteirão e voltar a dirigir.
— É um número pequeno de motoristas que ainda não entregaram os exames. Com certeza, se eles resolverem dirigir um táxi, vão ser flagrado pela fiscalização — afirma o gerente de Fiscalização de Transporte da EPTC, Luciano Souto, acrescentando que o exame toxicológico aumenta a segurança para os passageiros.
Desde o final do ano passado, 24 taxistas foram flagradas dirigindo sem ter entregue o exame toxicológico. De acordo com o gerente da EPTC, todos os dias táxis são fiscalizados e eventualmente são feitas operações específicas visando os exames toxicológicos.
De fevereiro a julho, cerca de mil motoristas não renovaram o carteirão. Eram 7.565 condutores ativos no início do ano. Os motivos da diminuição seriam a baixa remuneração, maior fiscalização e mudança de ramo, principalmente para aplicativos.
O Ministério Público denunciou 99 taxistas por fraude no exame toxicológico no início do mês. Eles foram afastados das atividades e conforme a EPTC, se confirmada a fraude, não poderão mais voltar a dirigir táxis.