Quem sempre quis arrasar no karaokê, mas não sabe por onde começar, está entre o público-alvo da experiência que a psicopedagoga Renata Poliseni, 54 anos, oferece no Airbnb. A mezzo contralto que atua no coral da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) promete ajudar amadores a escolherem o repertório mais adequado às suas habilidades vocais, e colocá-las em prática em uma festa na sua casa, na Zona Norte.
— Gosto muito de trabalhar com essa coisa de superar os desafios. Depois que a pessoa passa pela primeira experiência, ela acha que é capaz — conta Renata, que até então costumava ajudar os amigos a superarem a timidez em bares de karaokê.
Desde o começo do ano, ela recebe grupos de até 10 pessoas na casa onde mora, na zona norte de Porto Alegre, sempre aos sábados. Em um primeiro momento, conversa com os participantes, perguntando sobre seus gostos musicais. É quando aproveita para conhecer um pouco a voz do pretenso cantor de ocasião. Depois, em conjunto, escolhem as canções que irão testar no karaokê caseiro, que conta com microfone e um pequeno palco.
Durante a experiência, oferece petiscos, água e chá gelado — não serve álcool porque, segundo diz, a música já a deixa "eufórica". No verão, abre a possibilidade de transformar o evento em pool party, liberando a piscina para os participantes.
Para Renata, não há um critério único, mas acredita que músicas um pouco mais lentas favorecem os inexperientes. Gritar, explica, é desnecessário. Frustrando os fãs de Evidências, alerta que a opção por hits também não é garantia de sucesso. Para ela, o melhor é investir em músicas que o cantor goste, independentemente da sua popularidade.
— A maior segurança está nas coisas que a pessoa conhecem melhor. Isso dá conforto, e no conforto tu vais dar o melhor de ti. Me deixa feliz quando pessoas que não estudam música conseguem manter o tom. Fica muito bonito, mesmo que a voz não seja linda — diz.
O valor cobrado pela experiência, por pessoa, é de R$ 115.