À frente das negociações sobre o futuro do Cais Mauá, em Porto Alegre, o superintendente do Porto de Rio Grande, Paulo Fernando Estima, falou sobre os próximos passos para tirar do papel a revitalização do espaço. Na quinta-feira (30), o governador Eduardo Leite anunciou o rompimento do contrato com a Cais Mauá do Brasil – que, em 2010, assinou arrendamento da área por 25 anos.
A modelagem de um novo projeto será feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e, segundo Estima, o processo deve levar dois anos.
— Temos projeção de que, em dois anos, consigamos fazer o projeto maior. No momento em que foi tomada a atitude de não ter mais contrato (com a Cais Mauá do Brasil), libera o mercado a nos propor algo — disse o superintendente em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (31).
Estima afirmou ainda que o governo foi "incansável" na tentativa de não romper o acordo, mas que, "quanto mais observamos, mais claro ficava que não dava para sustentar o contrato".
Embarcadero
Na mesma coletiva em que anunciou o rompimento do contrato, o governador definiu prazo de 15 dias para os técnicos analisarem a proposta dos grupos Tornak e DCSet Produções de revitalizar a área próxima à Usina do Gasômetro – projeto batizado de Embarcadero. De acordo com Estima, o período será usado para se "construir uma saída contratual" para viabilizar o investimento.
— Estamos muito focados em construir uma ferramenta em 15 dias. Tem uma câmara de conciliação para que a gente tome uma decisão conjunta e validada com a sociedade. Havendo interesse privado de manter o projeto, vamos tentar construir uma saída contratual. Não podendo haver licença de licitação, aí estamos falando de quatro a seis meses para conseguir licitar o processo, mas a minha fé é que consigamos fazer — disse.