Rozeli costumava varrer calçadas da Restinga envergonhada, de cabeça baixa. A patroa da casa em que fazia faxina, na Azenha, a convenceu de que o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) era a única alternativa de carreira para uma mulher semianalfabeta como ela. Concordou e até gostava do serviço, mas tinha vergonha de ser reconhecida como gari perto de casa. Ela lembra da primeira vez em que ergueu a cabeça. Ouviu a dona de uma ferragem chamar três crianças que faziam bagunça na frente da loja de “trombadinhas”. Doída, ergueu o boné laranja e foi tirar satisfação.
POA 247 anos
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Caue Fonseca
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