A notícia de que a prefeitura de Porto Alegre estuda ceder a gestão do Hospital de Pronto Socorro (HPS) a uma organização social, publicada por GaúchaZH na quarta-feira (10), tem gerado críticas de servidores e receio de queda na qualidade do serviço e nas condições de trabalho. Nesta quinta-feira (11), em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o prefeito Nelson Marchezan afirmou que esse é um dos modelos avaliados pelo Executivo porque facilitaria a manutenção e a compra de materiais.
— Quando a cadeira quebra, não é a prefeitura que tem de fazer uma licitação que demora um ano. Quando o equipamento quebra, a prefeitura não tem que fazer licitação para manutenção. Quando o forro está caindo, a prefeitura não tem que fazer licitação, que dá deserta ou que a empresa que ganhou não entrega o serviço — disse Marchezan. — A iniciativa privada é muito mais ágil — complementou.
O prefeito ressalta que Porto Alegre já tem outras parcerias com a iniciativa privada na saúde, como a gestão dos hospitais Independência e Restinga, alguns postos de saúde e Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
O modelo estudado para o HPS é um sistema misto: os atuais servidores municipais continuariam atuando no local ao lado de novos profissionais contratados diretamente pelos futuros gestores.