Quem chega em Alvorada pela Avenida Getúlio Vargas certamente passa pela parada 48, na região central da cidade. No trecho, além de boa parte dos prédios públicos da cidade, como a prefeitura, câmara de vereadores e o batalhão da Brigada Militar, está a Praça Central. Mas em um espaço com gramado, bancos, quadras poliesportivas, equipamentos de ginástica e até um palco, o descaso é que se destaca.
Leia mais:
VÍDEO: confira a situação das calçadas do Centro Histórico
Reforma da Previdência: aposentado demitido pode ficar sem multa de 40% sobre o FGTS
Porto Seco passa por últimos ajustes antes dos desfiles
Na área mais próxima à Rua Contabilista Vitor Brum, onde também está o Fórum Central, a grama virou matagal. Há, ainda, garrafas pet e até cadeira de praia usada pelo chão. Duas quadras poliesportivas – inacabadas, faltam as goleiras e cestas do local – estão cercadas pelo mato.
A Praça Central conta ainda com equipamentos de ginástica. Entretanto, parte deles não funciona – está quebrada ou tomada pela ferrugem. O que ainda está em condições de uso são os bancos, de onde os frequentadores observam os estragos se acumulando.
– Essa academia ao ar livre deveria ser mantida sempre em funcionamento, para que os moradores pudessem usar. Mas, sem manutenção, olha como ficou – aponta o comerciário aposentado Leonardo Souza da Silva, 60 anos.
Aos 74 anos, o metalúrgico aposentado Carlos da Silva, também costuma passar Praça Central com frequência. Enquanto aguarda o horário de um compromisso sentado em um dos bancos, diz que a conservação do parque é uma amostra do que os moradores enfrentam no resto da cidade:
– Aqui é o centro, a entrada da cidade, e está assim. Imagine dentro dos bairros mais pobres, onde a manutenção é ainda menos frequente.
Banheiros precários
Enquanto circula no local com a mãe, Maria Gottlied, 64 anos, e com filha Yasmin, um ano e dois meses, a manicure Deise Brum, 32 anos, cita o banheiro público com o pior ponto. Ela, por exemplo, diz que não tem coragem de usá-lo por causa do mau cheiro e da sujeira. Outro fator é a insegurança, que faz as pessoas frequentarem mais a área próxima da Avenida Getúlio Vargas, não o interior do parque.
– Depois que escurece, nem dá para passar pelo meio da praça – aponta Deise.
Durante a visita da reportagem, o Diário Gaúcho presenciou um homem urinando no Praça Central. Mesmo com o batalhão da BM a poucos metros do local, ele não se intimidou.
Consertos sem previsão
Em nota, a prefeitura de Alvorada diz que existe um projeto para revitalização da Praça Central, porém ainda não há viabilidade financeira para iniciar a obra. O serviço incluiria o término das quadras poliesportivas. Sobre a condição dos banheiros e da academia pública, o município alega que não há previsão para conserto e nem para entrega do novo banheiro público em construção no local.
A administração garante que, diariamente, equipes da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSU), têm realizado a limpeza da praça e avenida principal. Mesmo que a visita da reportagem tenha ocorrido em uma sexta-feira, o município diz que o acúmulo de lixo ultrapassa o habitual em dias excepcionais, como finais de semana ou feriados.
Em relação à capina dos pontos próximos ao Fórum, a prefeitura não respondeu.