Contra taxas e exames impostos pela prefeitura da Capital, taxistas realizaram uma carreata nesta quinta-feira (21) em Porto Alegre. O protesto, que partiu da Rótula do Papa, ao lado do Estádio Olímpico, começou por volta das 10h e passou pelas avenidas Erico Veríssimo, Aureliano de Figueiredo Pinto, Augusto de Carvalho, Otávio Francisco Caruso da Rocha, Loureiro da Silva e Borges de Medeiros. A manifestação foi encerrada em frente à sede do Tribunal Regional Federal.
Uma das reclamações é sobre a cobrança da Taxa de Gerenciamento de Operações (TGO), no valor de cerca de R$ 50 por veículo, que começará a ser descontado dos taxistas ainda em fevereiro. A Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC) afirma que a taxa é prevista por lei.
A EPTC fez a escolta dos condutores, com cinco agentes em motocicletas.
— A gente quer condições de competir — defende o taxista Armando Giordani Vaz, 45 anos.
Quando fala em competição, ele cita os transportes por aplicativo, que, segundo os manifestantes, paga menos tributos e tem menos exigências do poder público.
Gerson Port, 49 anos, trabalha há mais de 10 anos na cooperativa do aeroporto. Ele é a favor da exigência de exame toxicológico para os condutores e da exclusão de quem tem antecedentes criminais.
— Queremos os cumprimentos das leis. Quando não se seguem as regras, os "cadáveres" aparecem — fazendo alusão aos que perderam a permissão de dirigir.
Tiago Belmonte, 47 anos, faz alusão ao comércio:
— Táxi e aplicativo é tipo uma loja que compete com camelô. A gente paga tudo certinho e o aplicativo não. Quero concorrência, mas concorrência leal.
Delton Luiz, 67 anos, opera o veículo que herdou do pai. Ele afirma que a classe é "pobre" e que tem no táxi um complemento para sua aposentadoria.
— Hoje, o taxista trabalha de dia para comer de noite. Se vivesse só do táxi não conseguiria.