Quem mora em Porto Alegre e aprecia uma boa uva — ou prefere ameixas de variados sabores — não precisa ir longe para provar estas frutas. Isso porque o bairro Belém Velho, na Zona Sul, é lar da já tradicional Festa da Uva e da Ameixa, que começou no sábado e segue na semana que vem, nos dias 19 e 20 de janeiro.
Antes realizado na praça Nossa Senhora de Belém, o evento é sediado há três anos no CTG Estância da Figueira. Apesar de estar em sua 28º edição — a frequência anual existe há quinze anos — a festa ainda luta para ser mais divulgada.
O clima agradável, aliado às atrativas bancas de frutas, artesanatos e alimentos, como pães caseiros e mel, atraíram gente de Porto Alegre e de outras cidades. Mesmo com a divulgação singela, algumas famílias que circulavam pelas dependências do Estância da Figueira neste domingo (13), contaram que não era a primeira vez que compareciam ao evento. O servidor público aposentado Júlio Machado, 60 anos, por exemplo, se deslocou do Centro de Cachoeirinha até a Zona Sul.
— Estava há alguns anos sem vir, mas soube pelo Diário que era neste final de semana. Trouxe a esposa e a filha para conhecerem — explica Júlio.
Em um dos estandes da festa, montado pela Emater-RS, estavam sendo doadas mudas de alecrim, hortelã, tomilho, sálvias, guaco, entre outras variedades. Junto de Júlio, sua esposa, a técnica de enfermagem Tatiane Foscarini, 42 anos, e a filha, Vitória Foscarini, 12 anos, aproveitaram para levar algumas mudas para Cachoerinha.
— É uma ótima iniciativa essa doação. São temperos muito úteis e plantas cheirosas — diz Tatiana.
A professora Luciana Dornelles, 42 anos, veio com o marido, Juliano Dornelles, 44 anos, o pai, Arlindo Dornelles, 75 anos, e a irmã, Rafaela Dornelles, 22 anos, que estava com a filha, a pequena Isabella, de seis meses. De sacolas carregadas, eles aproveitaram para apresentar para a mais nova integrante da família sabores que ela ainda não conhecia.
— Achamos importante que a Isabella coma frutas desde cedo. Hoje, por exemplo, estamos levando melão para ela provar — conta Luciana.
Sobre os carros-chefe do evento, a uva e a ameixa, Luciana elogiou o sabor doce das espécies que conseguiu degustar durante sua visita com a família.
O sabor adocicado das frutas deu tom também ao comentário do servidor aposentado Eduíno Karlinski, 72 anos. Ele veio do bairro Cristo Redentor, na Zona Norte, para conhecer a festa.
— As frutas que provei estavam muito boas, docinhas. Além das ameixas e das uvas, também vou levar alguns pêssegos — conta Eduíno.
Variedade de opções é atrativo
Para o diretor-geral da festa e também patrão do CTG Estância da Figueira, Izair Prodorutti, o deslocamento até a Zona Sul para conferir o evento vale a pena não só pelas uvas e ameixas, carros-chefe da festa. Além disso, as bancas ainda oferecem opções como pêssego, figo, melancia, melão, morango, pães, mel, orquídeas e peças de artesanato.
— Vai além das frutas que dão nome ao evento. E tudo aqui é cultivados nas chácaras destas famílias. São produtos da nossa cidade e com grande qualidade — defende Izair.
Cuidando da estande da família Bertacco, Sandra Hoppen conta que o movimento no primeiro final de semana do evento está melhor do que nos anos anteriores. Para ela, que vende as frutas produzidas na chácara da família no bairro Vila Nova, também na Zona Sul, a melhoria na divulgação da festa irá atrair cada vez mais gente.
— Quanto mais antes da data começarmos a falar do evento, cada vez mais as pessoas vão lembrar. Muita gente passa aqui na avenida olhando, sem saber que existe o evento — conta ela.
Como chegar
- O CTG Estância da Figueira fica na Avenida rua Doutor Vergara, 5.345, bairro Belém Velho.
- O ônibus da linha Turismo da Carris também faz uma parada de 20 minutos no local. O valor da passagem é R$ 30.
- Informações da linha Turismo podem ser obtidas no telefone (51) 3289-6765.
- Além do ônibus de Turismo, as linhas 284, 284.3 (Belém/São Francisco) e 286 (Barra/UFRGS) passam pela região.