Após mais de uma semana com problemas no abastecimento de água em diversos bairros de Porto Alegre, o diretor do Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae), Darcy Nunes dos Santos, confirmou que a situação está normalizada na Capital.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (18), Santos ressaltou ainda que o departamento está próximo de conseguir um financiamento para realizar obras na infraestrutura da rede e, assim, conseguir solucionar definitivamente o problema de falta de água em Porto Alegre.
— Estamos muito próximos de conseguir finalizar a contratação de recursos, para poder, ainda em 2019, dar a notícia de que vamos achar a solução definitiva desse problema. Vencemos várias etapas junto à Caixa (Econômica Federal) e ao Ministério das Cidades — disse Santos.
Ele se refere ao pedido de financiamento, no valor de R$ 259,1 milhões, feito pela prefeitura de Porto Alegre para a Caixa Econômica Federal. Em outubro, o Executivo divulgou que a solicitação havia sido aprovada e que, em seguida, os projetos passariam por análises. Se aprovado o repasse, a obra deve levar pelo menos quatro anos para ser concluída.
O diretor não indicou datas de quando terá resposta da Caixa, mas afirmou que, até lá, "desequilíbrios" podem voltar a se repetir.
— Não é segredo. Há uma falta de infraestrutura para dar atendimento a demanda. Não é apenas um problema, é o sistema todo: em canalização de captação de água, estações de tratamento e adutoras de distribuição.
Protesto e banho na praça
Sem água para higiene e consumo, moradores do bairro Lomba do Pinheiro, na zona leste da cidade, realizaram um protesto que bloqueou o trânsito na Estrada Afonso Lourenço Mariante na tarde de quinta-feira (17). O abastecimento estaria prejudicado na região desde sábado (12).
Já no bairro Vila Jardim, na Zona Norte, os moradores chegaram a tomar banho em uma praça, único ponto da área onde a torneira não estava seca. O chuveiro improvisado era composto por uma mangueira com uma torneira na ponta, fixado com um arame na parte alta de uma casa de bombas do Dmae.
A situação chegou a esse ponto devido a uma série de fatores, como rompimento de adutora, falta de energia elétrica e dificuldades para bombear a água.