O projeto está pronto, tramitou em secretarias municipais e parceiros da iniciativa privada o apoiaram. Apesar disso, não há data definida para o centro de Porto Alegre receber uma microfloresta: estrutura que deve ocupar oito vagas de estacionamento na Rua Marechal Floriano Peixoto para amenizar a poluição e reduzir a temperatura no entorno, além de agregar uma área de convivência.
A proposta da ONG TodaVida é plantar 300 mudas de árvores nativas — metade de espécies frutíferas e metade não-frutíferas — em sete vagas próximas ao Chalé da Praça XV. A oitava ficaria reservada para o espaço de convivência. Serão de três a cinco mudas por metro quadrado e uma estrutura de energia solar, além da possibilidade de uma estação de monitoramento de poluição. A engenheira Lígia Miranda, presidente da ONG, conheceu a iniciativa de microflorestas em Nova Délhi.
— Em comparação com as florestas naturais, são 30 vezes mais adensadas e têm cem vezes mais diversidade. É um pulmão — explica, acrescentando que a temperatura no entorno pode ser reduzida em até 8°C.
O município, afirma Lígia, ficará encarregado de doar a área de estacionamento, retirar o asfalto e fornecer o adubo orgânico. O restante será custeado pela iniciativa privada. A presidente da TodaVida estima que a instalação da microfloresta pode ser feita ao longo de 20 dias.
Convidado a conhecer o projeto, o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, afirmou que a ideia tem apoio integral do grupo. Segundo ele, comerciantes do Centro Histórico gostaram da iniciativa:
_ É um projeto ousado e muito interessante. Não envolve custos ao Executivo e traz o verde para onde não tem.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smams) diz que a implantação deve ocorrer em 2019.