Não dá para negar que avançou rápido: deve sair em janeiro o edital da licitação para revitalizar mais um trecho da orla do Guaíba. E a obra precisa terminar até agosto de 2020 – o que explica o acelerado ritmo na prefeitura. Se o governo perde esse prazo, perde também os R$ 37 milhões do empréstimo da Corporação Andina de Fomento (CAF).
A nova restauração abrange uma extensão de 1,6 quilômetro entre o Arroio Dilúvio e o Parque Gigante: será o chamado setor esportivo da orla, com quadras de futebol, vôlei, tênis e beach tennis, além da maior pista de skate da América Latina, playgrounds e academias ao ar livre.
Nos últimos meses, seis secretarias trabalharam juntas no orçamento da obra – chegaram ao valor de R$ 56 milhões. Os R$ 19 milhões que o financiamento da CAF não vai cobrir, segundo esse estudo, serão divididos em duas partes. Como o investimento em iluminação pública deve ultrapassar os R$ 10 milhões, essa fatia virá do Fundo Municipal de Iluminação Pública – formado pelos recursos arrecadados com um tributo incluído em todas as contas de luz.
Outros R$ 7 milhões virão diretamente do Dmae para bancar a infraestrutura de água e esgoto. E o que faltar, algo em torno de R$ 2 milhões, poderá sair do próprio caixa da prefeitura. No governo municipal, a avaliação é de que, com um déficit de R$ 918 milhões previsto para 2019, esse seria um gasto defensável.