Os fogos de artifício lançados em comemoração ao Natal deixaram pelo menos oito pessoas feridas em Porto Alegre entre a noite de segunda-feira (24) e a madrugada de terça (25). Entre os atingidos, estão três crianças, encaminhadas aos hospitais de Pronto-Socorro e Cristo Redentor.
No Hospital Cristo Redentor, na zona norte de Porto Alegre, seis pessoas chegaram com ferimentos causados por fogos de artifícios, sendo duas crianças. A maior parte dos feridos sofreu queimaduras, mas um deles teve laceração em um dos dedos da mão. Ninguém precisou ficar internado.
A unidade de queimados, responsável pela maior parte dos atendimentos, afirma que o número é menor do que o registrado normalmente neste período.
— Nestas duas datas (24 e 25 de dezembro), geralmente temos um grande número de acidentes. A boa notícia é que eles vêm diminuindo ao longo dos anos, muito devido às campanhas de prevenção que temos feito, mas sabemos que, infelizmente, vai aumentar na virada do ano — afirma Fernando Ribeiro, médico da equipe de cirurgia plástica e queimados do Hospital Cristo Redentor.
A recomendação é que só faça o lançamento dos fogos quem é habilitado para tal. A lesão mais frequente em casos de acidentes envolvendo fogos de artifício é a queimadura, mas, entre outros riscos possíveis, estão surdez, amputação e lesão na face. A primeira medida que deve ser tomada em caso de acidentes é esfriar a lesão, usando água fria:
— O melhor é colocar a lesão embaixo de água fria para esfriar, porque o tecido quente continua queimando. Mas é importante não usar gelo, porque ele também causa queimaduras. Não adianta usar outros itens que são de conhecimento popular, como pasta de dente, borra de café e banha de porco. Isso só piora — alerta o médico.
No Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Porto Alegre, foram duas pessoas atendidas após ferimentos por fogos — um adulto de 31 anos e uma criança de 12. O hospital não confirmou se os dois tiveram ferimentos graves. Segundo o HPS, a falta de cuidado com fogos de artifícios gera acidentes todos os anos, sendo 70% casos de queimaduras. Lesões com lacerações representam 20% do total, e amputações, 10%. A maior parte dos acidentes ocorre na virada do ano.