Se comparados aos do ano passado, os números de viagens realizadas com as bicicletas laranjinhas do BikePOA deram um salto em 2018. Os equipamentos novos, mais leves e com design moderno, foram instalados no final de fevereiro deste ano e, entre março e setembro, usuários do serviço na Capital realizaram 345.279 trajetos. Na comparação com 2017, os mesmos sete meses registraram 148.654 viagens — entre os dois períodos, uma diferença de cerca de 132%.
O levantamento foi divulgado pela Tembici, empresa operadora do sistema, que conta com o apoio do Itaú Unibanco. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) destaca fatores que podem ter contribuído para o aumento, como o déficit de bicicletas no sistema antigo, já que muitas estavam em manutenção. A favor dos números de 2018, conta ainda, por exemplo, a greve dos caminhoneiros, em maio, que impulsionou a utilização, que registrou 62.357 viagens. Apesar de ter registrado vários dias de chuva, o mês de setembro é o campeão em uso do serviço, somando 67.877 trajetos.
O arquiteto Antônio Vigna, coordenador do Programa Cicloviário da EPTC, afirma que a população aprovou o novo sistema de bicicletas de aluguel — são 41 estações e 410 bikes à disposição na cidade.
— A utilização vai crescer ainda mais com a chegada do verão — projeta.
Segundo ele, em dias úteis, a maior procura pelas bikes ocorre nas estações perto do prédio do curso de Arquitetura, da UFRGS, e na próxima ao Mercado Público, no Centro Histórico. Os deslocamentos duram em média 20 minutos.
Nos finais de semana, estações localizadas na Orla do Guaíba têm preferência: atraem maior público a do Iberê Camargo e a da Rótula do Gasômetro. A média do tempo das viagens é de 50 minutos.