No 38º dia de paralisação, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) suspendeu temporariamente a greve dos servidores da prefeitura de Porto Alegre. A decisão foi tomada em uma assembleia-geral na tarde desta quinta-feira (6). A trégua se dá, segundo o Simpa, após a posição da administração pública de que só haverá diálogo após o fim da greve.
A reviravolta se dá dois dias após a decisão unânime da categoria em continuar com a paralisação. O diretor de comunicação do Simpa, Ivam Martins de Martins, explica que foram debatidos os prós e contras da continuidade da paralisação e, em uma tentativa de se reunir com o prefeito Nelson Marchezan, foi acordado que a greve está suspensa.
Os municipários devem retornar ao trabalho nesta segunda-feira (10), mas seguem em "estado de greve": uma nova assembleia-geral marcada para 18 de setembro. Caso a prefeitura recuse se reunir com os manifestantes, a paralisação será restabelecida, garante o diretor.
— O sentimento de indignação continua. Vai muito além da reposição de salários. Queremos ser tratados com dignidade. O governo municipal continua retaliando, punindo e difamando os servidores — explica Martins.
Não está descartada a possibilidade de ingressar na Justiça contra o município, como revelado à GaúchaZH por um dos diretores-gerais do sindicato, Jonas Tarcísio Reis.
A prefeitura de Porto Alegre se manifestou por nota, dizendo que "está analisando as consequências dos 38 dias de greve" do sindicato. O comunicado informa, ainda, que o Executivo irá "aguardar os desdobramentos da decisão do sindicato a partir da próxima segunda-feira (10)".