O prefeito Nelson Marchezan determinou a abertura de uma sindicância para "identificar fatos, autorias e possíveis transgressões à lei" na invasão da Prefeitura de Porto Alegre na última terça-feira (7). Na ocasião, o prédio foi ocupado por servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), que estão em greve desde o dia 31.
O presidente da sindicância, Caciano Ferreira, da assessoria jurídica do gabinete do prefeito, diz que a meta é entregar o relatório conclusivo em até 30 dias. Serão realizadas duas ou três reuniões por semana. Nesta sexta-feira (10), houve a primeira, de instauração. Na próxima segunda-feira (13), a pauta será de requisição de informações e documentos.
Segundo nota enviada pela prefeitura à imprensa, serão examinados: "a invasão ao prédio público tombado pelo Patrimônio Histórico; agressão física; agressão verbal e psicológica; cárcere; exposição a risco dos próprios integrantes da invasão, uma vez que a estrutura do prédio não comporta a aglomeração de pessoas no mesmo lugar; premeditação, uma vez que houve a simulação de que seria entregue um ofício, antes do grupo ingressar no prédio, e a presença de líderes que insuflavam e coordenavam as ações".
Após aproximadamente 10 horas de protesto, servidores deixaram o Paço Municipal diante de um oficial de Justiça — com uma liminar determinando a desocupação— e da tropa de choque da Brigada Militar.