Ciente da situação das vias de Porto Alegre, cujo asfalto esburacado chega a expor trilhos de bondes que circulavam no século passado, o secretário municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Luciano Marcantonio, creditou o atual cenário da cidade aos déficits herdados da gestão anterior. Em entrevista nesta quarta-feira (11) ao Timeline, da Rádio Gaúcha, Marcantonio revelou que uma licitação nos próximos dias dará condições de melhora na mobilidade.
— Vamos publicar agora no dia 20 de julho, se eu não me engano. Vai sair o edital para contratação de três mil toneladas de cimento asfáltico de petróleo, que vai nos dar 50 mil toneladas de concreto quente. Isso seria o ideal para podermos ter mais do que foi feito na gestão passada em termos de concreto. É dobrar a produção de concreto quente para podermos ter um final de 2018 bem melhor — afirmou o secretário.
Alegando ter recebido o comando da Capital com atrasos em contratos para a manutenção da normalidade da operação tapa-buracos, o representante da prefeitura citou ainda os reajustes da Petrobras como agravantes.
Para mudança do panorama, Marcantonio diz que projetos que tramitam na Câmara dos Vereadores devem ser aprovados, exemplo da proposta de reajuste no IPTU. Caso contrário, “os buracos vão continuar e vão aumentar”:
— Temos o dever de informar a sociedade e procurar conscientizar que Porto Alegre, hoje, é a pior capital em relação ao déficit de todas as capitais do Brasil.