Com a inversão da pauta de votações a pedido do governo Marchezan, colocando os projetos que afetam os servidores à frente da revisão do IPTU, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre teve uma quarta-feira (11) tumultuada. Em sete imagens, entenda a confusão:
Portas fechadas
A entrada no Plenário Otávio Rocha começou a ser impedida porque o número de senhas distribuídas atingiu a quantidade de cadeiras disponíveis.
Saguão cheio
Enquanto parte dos servidores ocupava o saguão do prédio, outra parcela acompanhava a sessão por vídeo, direto do Plenário Ana Terra, espaço menor e próximo ao salão principal.
Pressão na rua
Do lado de fora da Câmara, funcionários pressionavam pela entrada, com as grades fechadas e sob olhares da Guarda Municipal. Um grupo forçava as portas pelo lado de fora. Servidores que estavam dentro quebraram o detector de metais que estavam na entrada. Houve momentos de empura-empurra entre Guarda e manifestantes.
Entrada liberada
Depois de mais de duas horas, a Guarda Municipal liberou a entrada dos funcionários que estavam na rua. Enquanto eles caminhavam pelo saguão, a partir da porta que fica na Avenida Loureiro da Silva, a tropa de choque ocupava o espaço pelo lado contrário.
O confronto
Quando os dois grupos se encontraram, houve confronto. A Brigada Militar usou bombas de gás lacrimogêneo, forçando a retorno dos manifestantes em direção à porta. Uma delas, foi estourada dentro do prédio da Câmara. O gás se espalhou por boa parte do edifício.
No tumulto, vidros da porta de entrada do andar superior da Câmara foram quebrados. Uma escultura próxima à entrada do plenário também foi destruída. Segundo o Simpa, quatro servidores foram ao Hospital de Pronto-Socorro com ferimentos como cortes.
Fim de sessão
A presença no plenário ficou insustentável por conta das bombas de efeito moral. O presidente Valter Nagelstein (MDB) convocou os líderes partidários para reunião no Salão Nobre. Com a sessão encerrada e nenhum projeto votado, foi marcada uma sessão extraordinária para a manhã desta quinta-feira, sem a presença de público nas galerias.
Uma detida
Com medo de que os trabalhos fossem retomados ainda na noite desta quarta-feira, servidores demoraram para deixar o local. Uma mulher foi detida pela BM por desobediência, desacato e resistência e conduzida à Polícia Civil.