Uma construção no morro Santa Tereza, em Porto Alegre, ainda nem começou a ser executada, mas está gerando reclamações de moradores da região há pelo menos um ano. Quem passa pela Rua Silveiro, no trecho entre as ruas Hipólito da Costa e Dona Sofia, reclama do espaço tomado pela empreiteira. Além disso, o pavimento está repleto de buracos e sujeira espalhados pela via.
O caso foi registrado no aplicativo Pelas Ruas, do Grupo RBS, pelo aposentado Wilson Andrade, 71 anos. Ele diz que, até um ano atrás, haviam diversas casas abandonadas, que se tornaram pontos de uso e venda de drogas. Quando os imóveis foram demolidos, o terreno foi cercado por uma construtora para dar início a uma obra.
Quase metade da calçada é ocupada pela empresa. O restante livre para circulação de pedestres está praticamente destruído: areia, estilhaços e lixo estão espalhados pelo calçamento, chegando a invadir parte da Rua Hipólito. O morador, que transita pelo trecho frequentemente, queixa-se dos transtornos causados aos pedestres que andam a pé pelo local.
— Está intransitável. Eu descia por aqui e ia ao Parque Marinha, mas hoje não dá mais. Quem anda por ali sempre acaba indo para a beira da rua, e como é uma descida, os carros, ônibus e lotações passam a mil. É um perigo — diz Andrade.
Em busca de respostas, o morador enviou um e-mail para o endereço falesmov@smov.prefpoa.com.br em 10 de maio, mas não foi respondido até a publicação desta matéria.
— Como se não bastasse o bairro estar dominado pelas drogas, precisamos conviver com isso. Nenhum pagador de imposto merece ver o Santa Tereza desse jeito — reclama.
E-mail não é mais utilizado
Questionada sobre a o que a legislação municipal permite nesses casos, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) informa que as calçadas devem ter pelo menos um metro livre para o acesso de pedestres. A pasta afirma que "não é necessária licença para isso, desde que essa distância seja respeitada".
A Seção de Fiscalização de Passeios Públicos da Smim deve vistoriar o local nesta segunda-feira (25) para "notificar o proprietário quanto ao mau estado de conservação da calçada e, simultaneamente, realizar a medição da calçada com relação ao tapume". A orientação é de que casos como esse sejam sempre registrados pelo telefone 156, e não pelo e-mail falesmov@smov.prefpoa.com.br, que não está mais em funcionamento.
Calçada foi consertada
Em 12 de julho, a Smim informou à reportagem que a empresa foi notificada e atendeu "a intimação preliminar para o reparo e manutenção do passeio público".
Saiba como usar o aplicativo Pelas Ruas, que é gratuito
1) Para baixar, basta entrar na App Store ou na Play Store e buscar o aplicativo pelo nome.
Usa iPhones? Clique aqui e baixe
Usa celulares Android? Clique aqui e baixe
Requisitos - iOS 9.0 ou superior (compatível com iPhone, iPad e iPod touch) - Android 4.1 ou superior
2) Ao abrir o aplicativo, a tela inicial mostra a marca Pelas Ruas e solicita o login do usuário. Ele é feito a partir do Facebook ou de conta no Google.
3) Após o acesso, pode ser visualizada a linha do tempo, em que aparecem as postagens dos usuários; é possível acompanhá-las e fazer comentários.
4) Para fazer um post, o usuário pode utilizar uma foto tirada por meio do próprio aplicativo ou da galeria de imagens do celular.
5) Após escolher uma das opções, basta descrever o problema e marcar a localização (por GPS ou a partir de um mapa). É só publicar e aguardar a aprovação: quando isso ocorre, o aplicativo mostra uma notificação.