
Depois de a primeira tentativa de venda do Ginásio da Brigada Militar e da sede dos Bombeiros em Porto Alegre ter terminado sem interessados, o governo do Estado voltou a cogitar a possibilidade de permuta dos terrenos. O ginásio foi destruído por uma tempestade em outubro de 2017 e já foi parcialmente demolido.
Segundo o secretário estadual de Administração, Raffaele Di Cameli, já havia sido definido que, depois de não haver interessados, os terrenos seriam vendidos separadamente. Agora, o governo voltou a analisar outras opções. O secretário também garante que o preço não vai baixar: a expectativa é arrecadar R$ 40,5 milhões com o ginásio e mais R$ 85,36 milhões com as instalações dos Bombeiros.
— Nós voltamos a abrir nosso leque de opções depois de não termos encontrado interessados. Queremos vender separadamente, pelo mesmo valor, mas voltamos a cogitar a possibilidade de permuta. Entendemos que o mercado não absorveu a venda conjunta, talvez devido ao cenário de crise — disse.
Para a permuta, há diversas possibilidades, e duas delas foram feitas recentemente. Uma delas, semelhante ao que foi feito com o Grupo Zaffari, é entregar o terreno para uma empresa, que fica responsável por uma nova construção para o governo do Estado – no caso, um presídio. Outra alternativa é semelhante ao que foi feito em Bento Gonçalves: a empresa responsável pela construção do novo presídio receberá o terreno como parte do valor, e o restante em recursos do Fundo Estadual de Gestão Patrimonial.
— Nossa ideia é fazer como já fizemos em outras oportunidades: se não for feita a venda, faremos permuta direta pela construção de um grande presídio. E, informalmente, já temos interessados — garante.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que há alternativas sendo estudadas, mas não detalhou qual município gaúcho poderá receber novo presídio nos próximos anos.
Demolição suspensa
Em 20 de abril, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) suspendeu a demolição do que restou do ginásio. Fiscais constataram risco aos trabalhadores e à população, ausência de projeto técnico e irregularidades trabalhistas.
Conforme o auditor fiscal e chefe de planejamento da SRTE, Mauro Müller, a AMG Construtora apresentou na quinta-feira (10) o pedido para retomar as atividades no local. A documentação será analisada pela SRTE, que deverá tomar uma decisão até o começo da próxima semana.
A reportagem não conseguiu contato com a AMG Construtora.