Identificar e localizar o suspeito de receber da Carris, de formas variadas, indenizações de acidentes de trânsito que somaram pelo menos R$ 1,7 milhão não foi fácil para o Ministério Público (MP). Alexandre Marc Klejner não existia nos cadastros oficiais do Estado — nem pelo nome, nem pelo CPF que constava nos pagamentos feitos pela companhia. Foi a partir de buscas na internet que surgiu a primeira, e surpreendente, informação envolvendo o suposto beneficiário de indenizações: Alexandre estava sepultado no Cemitério São Miguel e Almas, no bairro Azenha, em Porto Alegre. O cemitério confirmou ao MP que os restos mortais foram depositados no local em 1964, três anos após seu falecimento — era uma criança.
Desvio
A investigação que começou na Carris e terminou no cemitério
Conforme o Ministério Público, ex-funcionário da companhia usou identidade de criança morta em 1961 para receber benefícios indevidos