O cronograma inicial para a retomada de cinco obras de mobilidade de Porto Alegre foi definido nesta quarta-feira (14) em reunião com representantes do Banrisul, de secretarias municipais e de empreiteiras com o prefeito Nelson Marchezan.
Até o próximo mês, a previsão é que os serviços recomecem nas trincheiras da Ceará e na Anita, com 85,72% de execução e 90% dos serviços concluídos, respectivamente. O Banrisul deve liberar os recursos dessas duas obras em cerca de uma semana, e os pagamentos a serem feitos pela Secretaria da Fazenda devem tramitar em cinco dias. Em maio, está prevista a retomada do prolongamento da Severo Dullius. Já as duplicações da avenida Tronco e do corredor da Protásio Alves estão previstas para junho.
Trincheira da Ceará
Percentual de execução: 85,72%
Previsão de retomada: abril
Duração dos trabalhos: até setembro
Trincheira da Anita
Percentual de execução: 90%
Previsão de retomada: abril
Duração dos trabalhos: até agosto
Prolongamento da Severo Dullius
Percentual de execução: 49%
Previsão de retomada: maio
Duração dos trabalhos: até outubro de 2019
Tronco (lotes 1 e 2, lotes 3 e 4)
Percentual de execução: 33%
Previsão de retomada: junho
Duração dos trabalhos: até maio de 2020
Corredor da Protásio
Percentual de execução: 98%
Previsão de retomada: junho
Duração dos trabalhos: até novembro de 2018
Durante assinatura de financiamento com o Banrisul, em fevereiro, a prefeitura havia informado que "em cerca de 30 dias, os trabalhos na trincheira da Ceará, na trincheira da Anita, na duplicação da avenida Tronco, no corredor da avenida Protásio Alves e no prolongamento da Severo Dullius terão condições de ser retomados", de acordo com notícia publicada no site do Executivo. GaúchaZH questionou Rogério Baú, coordenador técnico da Secretaria de Planejamento e Gestão, se essas cinco obras não começariam juntas em março, e ele disse se tratar de uma "questão de interpretação".
— Foi anunciado que haveria, em aproximadamente 30 dias, a retomada das obras. E estamos retomando uma obra muito importante, que mais impacta a cidade (Trincheira da Ceará), e na sequência serão as demais — defende Baú.
Além do cronograma de trabalho, durante a reunião desta quarta (14), foram tratados também os gargalos enfrentados para o reinício das atividades em outras obras, como a necessidade de novas licitações, reintegrações de posse, desapropriações e outros entraves que dificultam uma retomada imediata. Entre elas está a Trincheira da Cristóvão, cujo consórcio formado pelas empresas EPT, Serenge e Serki já manifestou que não tem mais a intenção de concluir a obra.
A alegação dada é a dificuldade financeira. O procedimento a partir de agora é chamar a segunda colocada, formada pelo consórcio DP Barros Pavimentação e Arvek Construções, o que deve ocorrer em cinco dias. Em caso de uma eventual negativa, cabe chamar a terceira colocada, que foi o consórcio formado por Conpasul, Sogel Ltda, Cidade e Pelotense. A quarta colocada na licitação foi o consórcio Procon, CC Pavimentadora e Toniollo Busnello.
No caso do corredor da Avenida João Pessoa, será necessária nova licitação, porque uma das empresas está em recuperação judicial. No encontro, foi discutida ainda a necessidade de desapropriações, principalmente na Avenida Tronco, onde será preciso remover 190 famílias.
Este foi o primeiro encontro do grupo designado para acompanhar as etapas necessárias ao recomeço dos serviços.