A 238ª Feira do Peixe de Porto Alegre abriu para o público às 10h desta segunda-feira (26) com expectativa de vendas de mais de 400 toneladas de pescado. No ano passado foram comercializadas 407 toneladas. Os primeiros visitantes já circulavam pelo Largo Glênio Peres nesta manhã, e mais de 700 mil pessoas devem passar pelo local até o meio-dia da Sexta-Feira Santa. As feiras dos bairros Restinga e Belém Novo, na zona sul de Porto Alegre, começam na próxima quarta-feira (28) às 10h.
Na Feira do Peixe que ocorre no Centro da Capital, o principal movimento deve se dar a partir da metade da semana, quando a procura por peixe se intensifica. Serão 54 bancas de pescado, quatro de alimentação e uma de peixe vivo.
Na manhã desta segunda-feira, comerciantes já anunciavam os preços aos consumidores, e os mais interessados paravam para analisar os valores. O pescador Luiz Otávio Oliveira, que há 20 anos expõe na Feira do Peixe, espera que as vendas sejam melhores do que no ano passado:
— Em termos de volume, é o principal evento que temos no ano. Tem ano que dá, tem ano que não dá. Espero que consiga vender mais agora, porque ano passado foi mais ou menos. Mas também não adianta colocar mercadoria cara demais e o povo não poder comprar — conta.
O também pescador Carlos Coelho não pode vender o produto pescado por exigências da vigilância sanitária.
— Não temos mais cooperativa na Ilha da Pintada, e ficaria muito caro levar até a Restinga. Fica muito burocrático passar pelas condições de saúde sem isso. Acabei comprando para revender.
Projeção de queda de 10% nas vendas no Estado
A Emater projeta venda de 3,8 mil toneladas de peixes durante a Semana Santa em cerca de 300 feiras espalhadas por todo o Estado. O número representa queda de 10% em relação ao ano passado, quando a venda chegou a 4,3 mil toneladas.
A pesquisa leva em conta levantamento feito com 402 municípios. Conforme a Emater, exigências mais específicas da Vigilância Sanitária fizeram com que pequenos produtores não conseguissem se adequar às regras.
O preço médio do quilo deve ficar em torno de R$ 14,01, cerca de 7% maior do que em 2017, o que deve representar R$ 55 milhões em vendas. A tendência é de que as espécies mais consumidas sejam carpas e tilápias, seguidas de tainha, jundiá, traíra, violinha e piava.