Depois da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) apontar a presença de algas no manancial, foi a vez do Departamento de Água e Esgoto de Porto Alegre (Dmae) confirmar a proliferação dos micro-organismos no Guaíba, após testes feitos durante a semana. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta sexta-feira (16), o diretor de Tratamento e Meio Ambiente do Dmae, Marcelo Gil Faccin, informou que as cianobactérias são as responsáveis pelo gosto e cheiro terroso na água dos porto-alegrenses.
Conforme Faccin, o Dmae intensificou o uso de dióxido de cloro e carvão ativado para amenizar a percepção das alterações.
— Queremos tranquilizar o consumidor e reiterar que o tratamento garante que a água é segura para consumo — afirma, ao destacar que foram mais de 2 mil análises realizadas.
A proliferação das microalgas, constatada junto à foz do Rio Gravataí, é resultado do atual período de estiagem. A situação é semelhante à enfrentada no ano passado. Na época, os consumidores notaram alterações no líquido entre os meses de fevereiro e março.
— Mudança dos fatores climáticos (a volta da chuva) deve levar a uma condição de normalidade no Guaíba — acredita.
Nesta semana, a Corsan já tinha confirmado a proliferação dos micro-organismos. Muitos moradores de Canoas, Gravataí e Cachoeirinha – abastecidos pela companhia – reclamam do gosto ruim na água. A Corsan, assim como o Dmae, garante que a água é potável e que também intensificou o tratamento para amenizar a situação.