O número de trens novos em circulação voltou a reduzir. Em outubro de 2017, nove veículos que haviam sido reparados após a identificação de problemas com infiltração estavam transportando passageiros. Em novembro, apenas seis deles eram usados pela Trensurb. Agora, só quatro trens estão fora do conserto.
Segundo a Trensurb, novamente foi constatada infiltração nos veículos que já haviam passado por reparo. Outro problema que surgiu foi a dificuldade em realizar o nivelamento dos truques dos novos trens (conjunto de rodas, rolamentos, molas, eixos, entre outros itens) que impedem que eles voltem a circular.
Na segunda-feira (15), dirigentes da Trensurb se reuniram com representantes do Consórcio FrotaPoa, formado pelas empresas Alstom e CAF. A empresa pública voltou a cobrar uma solução definitiva "no prazo mais breve possível". Um novo cronograma de reparos será apresentado em nova reunião, que será realizada até o fim de fevereiro.
Até o ano passado, a Trensurb estimava que o problema relacionado à infiltração de água nos rolamentos estaria superado em abril de 2018. As empresas já foram multadas em R$ 4,87 milhões, o que corresponde a 2% do valor do contrato de compra de 15 novos trens da série A-200. Em 2016, o consórcio já havia sido penalizado em R$ 2,43 milhões.
Os pagamentos ao consórcio estão suspensos desde abril de 2016, quando foram identificadas infiltrações nas caixas de rolamentos dos veículos pela primeira vez. O dinheiro desse contrato está empenhado e não pode ser usado para outros fins. Quanto aos valores de multas, o montante deixará de ser pago ao consórcio e retorna aos cofres da União. Atualmente, a dívida da Trensurb com os fornecedores, referente ao valor que ainda falta pagar pelos trens é de R$ 24 milhões.