Mais uma vez, a responsável pelo fornecimento e manutenção dos novos trens da Trensurb, o consórcio FrotaPoa descumpriu o prazo estabelecido e não concluiu o reparo de cinco veículos previsto para o mês passado. Ela já não havia atendido a exigência anterior, de terminar todo o conserto até outubro de 2017.
Na ocasião, nove trens novos estavam sendo usados. Porém, foram identificadas mais infiltrações nas caixas de rolamentos que já haviam passado por reparo em 2016. Atualmente, apenas seis dos 15 veículos novos estão em circulação. Em nota, o consórcio informou que "tem trabalhado em estreita colaboração com a Trensurb para restabelecer gradualmente os trens à operação comercial."
Até o ano passado, a Trensurb estimava que o problema relacionado à infiltração de água nos rolamentos estaria superado em abril de 2018. Agora, ela aguarda uma nova reunião entre a área responsável da Trensurb e o consórcio FrotaPoa.
As empresas — formadas pela Alstom, da França, e Caf (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles), da Espanha — já foram multadas em R$ 4,87 milhões, o que corresponde a 2% do valor do contrato de compra de 15 novos trens da série A-200. Em 2016, o consórcio já havia sido penalizado em R$ 2,43 milhões.
Os pagamentos ao consórcio estão suspensos desde abril de 2016, quando foram identificadas infiltrações nas caixas de rolamentos dos veículos pela primeira vez. O dinheiro desse contrato está empenhado e não pode ser usado para outros fins. Quanto aos valores de multas, o montante deixará de ser pago ao consórcio e retorna aos cofres da União. Atualmente, a dívida da Trensurb com os fornecedores, referente ao valor que ainda falta pagar pelos trens é de R$ 24 milhões.