Antes mesmo das 8h desta quarta-feira (31), a fila de espera em frente ao posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, já contava com cem pessoas. A principal procura é pelo Certificado Internacional de Vacinação – documento exigido por determinados países para comprovar a imunização contra a febre amarela.
Liliane Razador, de 27 anos, veio de Santa Maria, na região central do Estado, para garantir a carteirinha. Com viagem marcada para o Caribe no mês de março, ela e Alexandre Kerkhoff, de 26 anos, chegaram ao local cedo da manhã, mas não conseguiram evitar a fila.
— Tinha gente aqui desde as 6h — conta Liliane, que aguardou por três horas para ser atendida. — O principal problema é ter que ficar em pé por tanto tempo. Eles poderiam, ao menos, colocar uns bancos — sugere.
Conforme Paulo Sérgio Carvalho, fiscal da Anvisa no Salgado Filho, o posto registrou movimento intenso desde o início do mês de janeiro, motivado pelo aumento de casos de febre amarela no país.
— Cerca de 50% das pessoas que procuram atendimento não têm necessidade de fazer o certificado internacional, pois são viagens para outros Estados e não para fora do Brasil — alerta Carvalho.
Ele cita casos de pessoas que buscam o documento para ir a São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia. — Até mesmo tem gente que não tem viagem marcada, mas vem aqui fazer a carteirinha — destaca.
A partir desta quinta-feira (1º), o certificado será fornecido apenas com hora marcada, com agendamento prévio pelo site da Anvisa. Até então, o atendimento era por ordem de chegada.
— Quem não conseguir agendar a tempo do embarque, pode vir até o posto de atendimento. Mas precisará comprovar a viagem através das passagens aéreas — observa.
No site da Anvisa você pode conferir o que seu país de destino exige.