Um dos maiores vilões do cinema zarpou do lado sombrio da força para fazer uma boa ação de Natal na tarde desta sexta-feira (15) em Porto Alegre. Acompanhado de um representante do Povo da Areia e de uma Jedi — também personagens dos filmes Star Wars —, o Darth Vader levou presentes e alguns momentos de descontração para crianças e adolescentes da Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital de Clínicas. A presença mais aclamada, porém, foi do robô R2-D2, que usou gorro de Papai Noel e tocou até música natalina.
A ação foi realizada por cosplayers do projeto Darth Vader — Legião do Bem, fundado em Santa Maria em 2013. O idealizador, Hernán Mostajo, relata que a iniciativa conta com voluntários em várias cidades do Estado e percorre centros de referência em atendimento a crianças com câncer.
— Na saga, tem uma frase muito bacana que diz: "A força está com vocês". E é essa força que nós queremos que as crianças tenham para vencer a luta contra o câncer — relata Mostajo.
Carolina Panceri, uma das responsáveis pela sala de recreação da Unidade de Oncologia Pediátrica, pondera que muitas crianças passam por internações frequentes e longos períodos hospitalizadas, e que, mesmo quando saem, precisam evitar lugares com aglomeração de pessoas em razão da baixa imunidade:
— Essas ações são muito importantes porque essas crianças estão fora do convívio com os amigos, não podem ir para a escola, para shoppings ou parques. E eles trazem um pouco de distração e de alegria.
As crianças posaram para foto com o sabre de luz, e Antonella Medeiros Ribeiro, quatro anos, em sua primeira semana de internação para tratar uma leucemia, não negou um abraço ao Darth Vader — embora prefira princesas. Ela ganhou uma boneca de presente, enquanto Bernardo Vedovato, nove anos, ganhou livros e um boneco do Max Steel — mais um para a sua coleção. O garoto conta que, apesar de ter uma camiseta do mestre Yoda, não assistiu aos filmes da saga Star Wars ainda. Ele deixou o encontro com um plano na cabeça.
— Eu posso pedir para o meu pai botar no computador quando eu for pra casa — diz Bernardo, internado há seis meses em razão de uma leucemia.