Servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) decidiram, em assembleia geral na tarde desta terça-feira (10), continuar em greve. Eles estão paralisados desde a última quinta-feira (5).
A assembleia, realizada na Casa do Gaúcho, contou com mais de mil servidores, que carregavam faixas e cartazes se manifestando contra a prefeitura. Em diversos momentos, houve cantos e palavras de ordem.
Inicialmente, os servidores haviam decidido não votar pelo fim ou não da greve, mas uma negociação entre a direção do Simpa fez com que a pauta entrasse em votação.
— Essa mobilização está na conta do prefeito, que ainda não apresentou nenhuma proposta do fim da nossa greve. Nós exigimos a retirada dos projetos que alteram nossa carreira, e vamos continuar mobilizados e contando com o apoio dos vereadores — disse um dos diretores gerais do Simpa, Alberto Terres.
Durante a manhã, houve uma reunião entre o vice-prefeito Gustavo Paim e os servidores, mas não houve acordo. Eles querem a retirada de prontos em tramitação na Câmara que mudam a carreira do funcionalismo, como fim de gratificações e alteração do dia do pagamento de salários (do último para o quinto dia útil do mês).
A prefeitura diz que tenta o diálogo, mas que não há recursos para pagar os salários em dia. O vice-prefeito pediu aos servidores que analisem que pontos podem ser discutidos. Conforme os municipários, as áreas mais afetadas pelo movimento são as da educação, saúde e assistência social.