Os servidores vinculados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) decretaram greve na noite desta sexta-feira (29). Em assembleia-geral, ocorrida no Largo Zumbi dos Palmares, ficou definido que a paralisação terá início na próxima quinta (5).
Os municipários reivindicam a retirada dos projetos de lei enviados pelo Executivo à Câmara Municipal que alteram o Estatuto dos Funcionários Públicos e a Lei Orgânica — entre as propostas, estão mudança ou extinção de gratificações, cessão de regime especial de trabalho e fim da licença prêmio.
— Fomos empurrados pelo governo para uma greve. Temos tentado diálogo, mas sem sucesso. Os municipários deflagraram greve para que Marchezan retire os projetos e pare com o parcelamento — afirma Jonas Reis, diretor-geral da entidade. — É o maior ataque do governo contra os municipários na nossa história — acrescenta.
O Simpa representa quase todas as categorias da Capital — apenas os funcionários da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Carris estão vinculados a outros sindicatos.
Desde junho, a prefeitura de Porto Alegre parcela salários. Nesta sexta, o Executivo pagou R$ 1.650, que é o vencimento integral referente a 7.158 matrículas (22% da folha). A prefeitura não divulgou em quantas parcelas o restante — cerca de 25 mil matrículas — deve receber.