Para cerca de 10 mil moradores, a Porto Alegre da Usina do Gasômetro, do Mercado Público e do Centro Histórico só faz sentido como paisagem. Na Capital de quem vive na Ilha da Pintada, área de lazer é uma pracinha na ponta da ilha, o melhor churrasco não tem carne vermelha e não há muro que separe o Guaíba da cidade.
– Dá para enxergar toda a cidade. Temos a vista de Porto Alegre morando aqui – reflete Vilmar Coelho, presidente da Colônia de Pescadores da Ilha da Pintada.
Parte integrante do Arquipélago, bairro composto por 16 ilhas, o local pode ser acessado pelo Guaíba ou de carro, pela Ponte do Guaíba. Ponto turístico, a Colônia de Pescadores carrega, na arquitetura, marcas da cultura açoriana.
Um dos principais motivos para a visita vem à mesa: o prato com tainha ou anchova assadas na taquara, criado por um pescador já falecido – e preparado pela filha dele –, está entre os principais atrativos. Para os "forasteiros", ele é servido aos domingos, em um restaurante a metros do Guaíba. Os peixes usados no prato típico vêm de Rio Grande, no sul do Estado – segundo os pescadores, o pintado, a traíra e a piaba, espécies mais abundantes na ilha, não seriam suficientes para abastecer o restaurante.
As escamas de peixes têm um destino artístico: um grupo de mulheres as transforma em brincos, anéis, broches e bijuterias, vendidos no local. O passeio pode ser feito em uma manhã e uma tarde: chegando na ilha por volta das 10h, é possível visitar a colônia, almoçar e conhecer o artesanato feito por lá.
O que: Ilha da Pintada
Quando: aos domingos, há almoço na Colônia de Pescadores
Onde: indo de carro pela Ponte do Guaíba, fica na última entrada à direita
Quanto: a visitação é gratuita
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