Depois de um mês perambulando por prédios abandonados de Porto Alegre, as cerca de 20 famílias da Ilha do Pavão que fugiram da violência na região e acabaram tendo as casas destruídas pela concessionária Triunfo Concepa ganharam um teto, ainda provisório. Abrigadas num prédio cedido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, que não pode ter o endereço divulgado por questões de segurança, elas começaram a ser cadastradas pela Fasc para terem as necessidades supridas, principalmente, comida e roupas. No grupo, são mais de 50 crianças com até 12 anos de idade. Segundo a Secretaria, todos ficarão no local por tempo indeterminado.
No final de junho, parte das famílias teria sido expulsa da Ilha pelo tráfico. A outra, saiu por medo dos tiroteios diários. Com a intenção de retornarem em algum momento, deixaram os móveis e até cachorros nas casas, sob os cuidados dos vizinhos que continuaram na Ilha. Quando decidiram retornar, depararam com tratores e caminhões demolindo as casas de madeira da entrada da Pavão. Elas afirmam terem sido surpreendidas com a demolição das moradias, que começou em 15 de agosto, numa ação envolvendo a concessionária da rodovia, Triunfo Concepa, e desaprovada pelo Ministério Público. Até os postes comprados por R$ 800 para a instalação da energia elétrica haviam sido levados.
Habitação
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