A explicação da Secretaria de Serviços Urbanos (Surb) sobre a seca em um trecho do Arroio Dilúvio não encerrou a discussão sobre a causa do fenômeno. Segundo a pasta, o banco de areia aparente entre as vias João Guimarães e Doutor Alcides Cruz, no bairro Santa Cecília, seria um "processo natural" acompanhado pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP). Um engenheiro do DEP, porém, usou o Facebook para questionar a versão da secretaria na sexta-feira.
Em seu perfil, Felipe Malacarne disse que o problema estaria ocorrendo porque o arroio não está sendo dragado. O contrato, segundo ele, encerrou-se em fevereiro e não foi renovado. A falta de dragagem resultaria no acúmulo de sedimentos e lixo aparentes. O funcionário diz que a Divisão de Conservação do DEP tem, desde o ano passado, alertado sobre as "consequências que a falta desses serviços trazem" e solicitado a licitação de novos contratos.
Conforme a Surb, o contrato não foi renovado por estar sob investigação, e o pregão da nova licitação para dragagem e desassoreamento está marcado para quarta. O projeto, diz a pasta, inclui o destino ambientalmente correto para o lodo retirado.
Confira a manifestação completa da Surb:"O contrato não foi renovado por estar sob investigação. O pregão da nova licitação para execução de serviços de dragagem e desassoreamento está marcado para a próxima quarta-feira, dia 5 de julho, com inovações tecnológicas para aprimorar a fiscalização e controle, como GPS e fotos do serviço realizado. O projeto também inclui no contrato algo que antes não existia, que é o destino ambientalmente correto para o lodo que é retirado dos leitos dos arroios".