Depois de encontrar mais de 300 buracos em um trecho de três quilômetros da Avenida Protásio Alves, na zona leste de Porto Alegre, a reportagem contou mais de cem buracos em um espaço de um quilômetro da Avenida Bernardino Silveira Amorim, entre a saída da Assis Brasil e a Francisco Silveira Bittencourt, na Zona Norte.
O motoboy Adriano Moraes Cardozo, que passa diariamente pela via, reclama das condições do asfalto e conta que colegas já se machucaram por causa da buraqueira.
– Um monte de colega já caiu aqui na Bernardino (Silveira Amorim), na (Avenida Bernardino Silveira) Pastoriza, em todas as ruas. Um já quebrou a perna – relata.
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Cardozo ainda relata que, depois das chuvas que atingiram a Capital nas últimas semanas, a situação está pior.
– Eles (equipes da prefeitura) vêm aí, fazem recapeamento. Depois da chuva, volta a ficar como antes – reclama.
O dono de uma oficina mecânica na própria Bernardino Silveira Amorim conta que são frequentes os casos de clientes que chegam com os amortecedores do carro danificados.
Após o trecho citado, o asfalto é quase inexistente e é impossível contar o número de crateras na pista. No local, existe inclusive a sinalização de um quebra-molas. No entanto, com o asfalto tão danificado, os motoristas encontram apenas um buraco – ao invés da elevação utilizada para reduzir a velocidade dos carros.
Procurada pela reportagem, a prefeitura afirma que realiza operações de tapa-buraco e prioriza vias mais importantes e movimentadas. Um balanço dos serviços realizados na semana será divulgado na sexta-feira.